War is over;então é Natal…
Na primeira redação que escrevi na escola com sete anos de idade com a ajuda da minha mãe que sempre foi uma grande incentivadora da minha arte – a arte das palavras.Refleti sobre a importância do Natal que além de me trazer agrados e presentes nas sapatilhas que eu e minhas irmãs deixávamos nas janelas no início do mês de dezembro que amanheciam com balas,bombons sem qualquer vestígio da passagem do bom velhinho ou pegadas na grama do jardim, enchiam de esperança meu coraçãozinho infantil que aguardava ansiosamente por esta data.
Para mim a comemoração natalina que somente, no século IV que o 25 de dezembro foi estabelecido como data oficial de comemoração sempre foi mágica, não somente pelos presentes, mas também por estar acompanhada de toda a família e a troca de carinhos e saudades.
Primos distantes, tias, tios, avós todos reunidos numa só festa, comemorando e sorrindo;nas antigas comemorações de Natal que costumavam durar até 12 dias tempo que levou para os três reis Magos chegarem até a cidade de Belém e entregarem os presentes (ouro, mirra e incenso) ao menino Jesus, mesmo que por uma noite.
Eu me enchia de esperança, através da essência das novas histórias que ouvia, das idéias que absorvia.Tudo era muito mágico.
E, eu estava vencendo a minha guerra particular pois enfim me descobria mais madura que outrora mas, ainda com a simplicidade e a esperança de uma criança, como na canção de Lennon ..(..) Feliz Natal (A Guerra Acabou) Então é natal E o que você tem feito? (..) escrita por John Lennon, lançada como single em 1971 por John Lennon, Yoko Ono e a Plastic Ono Band pela Apple Records.
Mas a cada ano, em mais um encontro de Natal, o meu conflito particular aumentava: uma nova fase de vida, novos amigos, um novo amor, um dente de leite que caia como uma pinha de natal e se vai com o vento, um novo verso, e um ano diferente do outro, pois afinal depois de papai-noel viria o ano-novo, as férias.
{ *O próximo e querido O velho e o Jovem Um alegre Natal E um feliz ano novo Vamos esperar que seja um bom ano sem sofrimento . }
Um novo ano, com novas experiências, um bom ano e que o sofrimento seja rápido, revigorante, repleto de novas experiências- um tônico para o ano vindouro.
Após meus oito anos, depois de descobrir o universo de Lennon e os outros três rapazes de Liverpool muito amados por minha mãe e madrinha com olhos de fã, e com as lembranças de mamãe da sua juventude descobri o magnetismo de Lennon,a pose de bom moço de Paul, o senso de humor de Ringo e a sensibilidade de George, então, bebi desta fonte, me banhei nas águas cristalinas dos versos pueris da canção All My Lovinge e outras que se seguiram para descobrir entre minhas facetas a compositora e poeta Angélica.
Na minha canção Buon Natale em sua versão italiana que pode ser apreciada no meu site :www.angelicarizzi.com expresso nos versos o que almejava na infância: ( ..)buon natale/amore e pace/è quel che ti augurerò/e in questa notte sognerò/.con un mondo migliore/molto amore/molta pace/credo che tutto potrà cambiare (...).
Foi sonhando com amor, paz, que novamente expressei um desejo que faz parte da esperança coletiva e o desejo de Jhon e Yoko : um mundo sem guerra, com paz.
{ E então Feliz Natal Esperamos que tenhas alegria O próximo e querido E velho e o jovem Um alegre Natal E um feliz ano novo Vamos esperar que seja um bom ano Sem sofrimento A guerra acabou , se você quiser A guerra acabou , se você quiser A guerra acabou , se você quiser A guerra acabou , se você quiser..} John Winston Lennon [1]MBE (Liverpool, 9 de outubro de 1940 — Nova Iorque, 8 de dezembro de 1980) foi um músico, compositor, escritor e ativista britânico.
E que conquistemos o direito de vencer nossa batalha , que é particular e se revela todos os dias nos nossos medos e nossa fragilidade diante do novo e das mudanças.Um conflito onde não existem soldados, nem bombas químicas, mas pequenas perdas que nos fazem crescer cada vez mais todos os dias..Foi assim que terminei por muitas vezes as minhas redações : com pedidos de paz, amor seguidos de pequenas vitórias particulares.
Por Angélica Rizzi
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